quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Pensamentos

Ultimamente me sinto constantemente sufocada. Não sei mais o que eu quero ser, o que quero fazer e por aí em diante. Não perdi minha identidade, perdi foi a vontade de ser, de fazer e de querer.

Depois de cortar meu cabelo, fui guardar a tesoura e como um pop-up do navegador, veio na minha mente minha própria imagem enfiando a tesoura na minha jugular. E por um bom tempo eu considerei essa possibilidade, mas eu não tenho e nunca tive coragem de concretizar nenhum desses pensamentos que aparecem com muita frequência.

Me pego frequentemente desejando ter uma doença terminal que termine rapidamente com a minha existência ou então desejando ficar louca pra poder me internar e não ter mais que pensar.

Por outro lado penso em me animar, me arrumar, fazer exercício, enfim, viver.

Tenho duas existências dentro de mim. No fim, quem vai se sobressair?

domingo, 27 de setembro de 2015

Botão de Desligar

Hoje é um daqueles dias em que eu gostaria de que houvesse um botão pra parar a vida.

Não é qualquer botão. Não é o "pause" do DVD ou da TV, é o botão de desliga, mas ao invés de desligar pra dormir, ele desligaria você pra sempre.

Sim, eu tenho pavor de sentir dor e tenho preguiça demais pra procurar uma forma de acabar com tudo de forma indolor. Por isso, preciso desse botão. Porque aqui onde eu estou a injustiça rola solta!

Eu estou naqueles dias
e aqui tem visita.
Não posso dormir relaxada
e nem pelada.
O calor tá de matar, já eu...
quero me matar
Calor interno, calor externo.
Alma fria e controlada,
não posso quebrar nada.
Quero gritar e espernear,
como um bebê a chorar.
Botar pra fora o que me incomoda,
sem papas na língua e sem dó.
Vai chorar porque vai machucar.
Mas sendo dependente,
não posso ser valente.
Me retiro, me recolho.
E o botão no meu peito?
Acolho!

Tratamento igual? Nem a pau juvenal!

Finalmente! Finalmente! Eu me livrei daquilo ou daquele que me fazia mal.

Percebi que o problema não tinha sido só ele. A maior parte foi sem querer culpa minha. Fiquei com ele pra me livrar do meu maior problema. Aqueles que exigem respeito mesmo quando você não mora mais com eles. Os problemas são meus pais, mas quem transformou o dia num inferno escaldante foi minha mãe. Sinceramente, qual é o problema de esperar pra arrumar a mesa? Por que ninguém entende que eu estou trabalhando e o único lugar onde posso me sentar confortavelmente sem ter que ficar curvada é na mesa de jantar?

Se fosse minha irmã (a preferida) que estivesse estudando. Teríamos almoçado vendo TV, mas a "preferida" estava com visita. Insignificante ter que parar pra comer, mas daí a querer que eu comece a arrumar a mesa de volta? Dá pra esperar? E por que você não quer fazer na hora que ela quer que seja feito, você é um monstro sem consideração que não quer dar o braço a torcer e faz de tudo pra irritar ela. É claro, meu mundo gira ao seu redor. E ainda tenho que ouvir que eu não sirvo pra trabalhar em casa, porque eu não quero fazer uma pausa pra "ajudar" a lavar a louça, arrumar a casa e etc. Honestamente, não dá pra ficar sem torcer que um avião caia em cima dessa casa e de preferência no lugar em que estou sentada.

Detalhe! A "queridinha" saiu pra levar a visita em casa. Voltou! E você pergunta. E a louça na pia? Ela não pode lavar. Tem que colocar o papo em dia e contar sobre a noite do dia anterior, enquanto a "Senhora" pinta o cabelo.